sábado, 21 de agosto de 2010

Eu, em pleno sábado á noite, ouvindo ‘João e Maria’, lendo C. Fernando Abreu, ao fundo poso escutar o horário político, coração em migalhas, puro tédio ás nove horas da noite. Sei lá, acho que ás vezes eu espero de mais da vida, dos fatos, das coisas. Eu sei que um E.T, travestido de Madona não vai aparecer pra mim agora, algo de extraordinário não acontece aos sábados de nove horas da noite. Eu só queria mesmo saber a que horas isso vai me acontecer, só queria mesmo estar pronta, pra sair, pra ficar, vai saber.

quarta-feira, 11 de agosto de 2010

Ás vezes sou meio monossilábica, dispersa, alheia. Presto atenção, ouço mil vezes, mas não capto, e se capto não me interessa. Não que eu seja lenta, mas é uma forma segura de estar em mim, de estar só, nem todos conseguem ficar a sós (corpo, alma e mente) em meio a uma multidão de cérebros explodindo idéias insensatas. Que minha mente egoísta e pecadora seja perdoada, mas eu tenho certeza que não sou daqui.

domingo, 1 de agosto de 2010

Alguma coisa dói mais que saudade? Tenho certeza que não, é a dor mais birrenta que existe, dói descaradamente, irremediavelmente. Você pode estar numa boa com seus amigos, tomando umas e outras, e quando menos perceber, vai estar sentido saudades, você pode estar assistindo um filme que fale de planetas e invasões extra-terrestres, e quando menos imaginar, vai estar sentindo saudades. Pode ser dos pais, da infância, dos amigos, a pior de todas é a saudade do que nunca aconteceu, aquele sentimento de nostalgia do que estar por vir ou do que nunca vai chegar. É a vontade de apressar a vida, é o querer dos instantes. O triste é saber que esse tipo de saudade persiste até a morte, ou melhor, persiste pela eternidade, saudade, saudade, saudade. O único sentimento que não passa, e não vai passar, quando você saciar a saudade desse momento, vai sentir saudades de ter saudades.