domingo, 6 de fevereiro de 2011

Nem gosto ou desgosto, simplesmente não sinto nada. Estranhamente NADA. E é com essa afirmação que sigo, sinto meu futuro cada vez mais perto, a pesar de saber que muito está por vir, e que agora mais que nunca minha juventude bateu a porta e eu desarmada vou deixá-la entrar com todas as drogas e analgésicos que ele trouxer sem reclamar ou hesitar.

segunda-feira, 27 de dezembro de 2010

Aos terráqueos, deixo o meu abraço e o meu afago. Aos terráqueos, deixo minha duvida não respondida, deixo meus temores, minha inconstância, minha falta de paciência e apetite. Deixo minhas lembranças, fotos, coisinhas que guardei com carinho. Minha paixão por pessoas estranhas. E quando finalmente for embora desse plano tão carregado de coisas pesadas, deixo um pedaço de mim e sigo, sabe-se deus para onde, mas vou com fé, to de malas prontas e bilhete comprado desde 17/08/1993 e até breve.

sábado, 27 de novembro de 2010

Janelas, letras, carros, amores, marte, flores, calçadas, lugares, filmes, pessoas, melodias. Tudo, absolutamente tudo novo. Não quero estar na tua e nem na de ninguém. Quero apenas estar, passar e ir passando, de vagar, do meu jeito ao meu modo, descalça, pisando na terra, sentindo a vida e o ano novo que vem. Não vou esquecer ninguém, mas quero por um bom tempo não lembrar, nostalgia de mais dói. Quero pessoas novas sabe? Sotaques, cores, aprender, ensinar, estar.  Também não estou ansiosa pela chegada desse tempo, estou calma de mais, ando tão feliz. Tão na minha, tão em mim.

segunda-feira, 22 de novembro de 2010

Ninguém
Ninguém vai me segurar
Ninguém há de me fechar
As portas do coração
Ninguém
Ninguém vai me sujeitar
A trancar no peito a minha paixão  ( Cordão - Chico Buarque )

terça-feira, 19 de outubro de 2010

O difícil não é levantar da queda meu bem. A dor maior é admitir que caiu e levantar, mesmo na dor da ferida exposta, o problema é ter que mostrá-la a todos e dizer – Cai! E eu sou exatamente assim, na surdina das coisas, calo. E melhor sentir só que mal acompanhado. Só Deus sabe que quando a gente divide, se apega demais aos fatos.  E fatos, são fatos.  Eu já vi gente chorar porque carrega uma fratura exposta e parece que ninguém vê – e se – vê finge, são as atrocidades da vida. Mas é assim mesmo, ninguém vive sem uma dor.  O problema é todos esperarem que a pilha da vida acabe. A solução, nunca vai acabar.
Pensando na vida, na velhice. Quero segurança, uma tela de pintura, uma cadeira de balanço numa varanda vazia, que vez ou outra, escuta o riso de criança nova ou os sussurros de namoro escondido. Quero sentar nessa cadeira e observar, um jardim. O meu jardim. Que um dia hei de ter. E ver as flores desabrocharem e falecerem. Olhar num espelho de bordas enferrujadas, meus cabelos cacheados que antes tão pretos, ficarem brancos. Cor de nada. Cor de experiência. Rugas. Cara serena. Aconselhar-te-ei. E antes de tudo meu bem, aquela cadeira. Aquela que tu compraste e eu embirei. Quero ouvir o rangido dela do meu lado até o fim.

sábado, 25 de setembro de 2010

Recordo que o chão parecia um tapete de areia, próximo ao mar. Casas grandes e frondosas, com janelas imponentes, terraços históricos, porém tudo, até mesmo as grandes janelas, tinha jeito de estar abandonadas, sabe-se lá Deus por quem. Afinal, que criatura, deixaria de usufruir de uma paisagem tão lúdica. Já é a segunda vez que sonho com esse lugar e essas casas.  E realmente queria saber o sentido de tudo isso.