terça-feira, 19 de outubro de 2010

Pensando na vida, na velhice. Quero segurança, uma tela de pintura, uma cadeira de balanço numa varanda vazia, que vez ou outra, escuta o riso de criança nova ou os sussurros de namoro escondido. Quero sentar nessa cadeira e observar, um jardim. O meu jardim. Que um dia hei de ter. E ver as flores desabrocharem e falecerem. Olhar num espelho de bordas enferrujadas, meus cabelos cacheados que antes tão pretos, ficarem brancos. Cor de nada. Cor de experiência. Rugas. Cara serena. Aconselhar-te-ei. E antes de tudo meu bem, aquela cadeira. Aquela que tu compraste e eu embirei. Quero ouvir o rangido dela do meu lado até o fim.

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